domingo, 1 de fevereiro de 2009

500 canções desde o punk




Listas? Este livro saiu nos EUA em novembro passado: The Pitchfork 500: Our Guide to the Greatest Songs from Punk to the Present. O site Pitchfork, que gerou esse guia bacana, é visitado por 1,6 milhões de pessoas todo mês e, como todo mundo sabe, dá um acento indie ao seu conteúdo. Mas para eles a música indie começou com o punk em 1977, o que é ok (a disco music foi na verdade quem deu o primeiro grande empurrão nas atividades das gravadoras independentes). Mas alguém acha que é possível fazer, sinceramente,uma lista dessas realmente definitiva? Em 210 páginas de texto divertido, as escolhas vão de !!! e Aaliyah até John Zorn, num louvável ecletismo (e focado nos EUA, é óbvio).

Como o mundo musical move-se agora para retornar ao formato single (I-Pods, I-Pobres e a compra/baixa digital só daquela música que interessa, ou seja, bye bye enchedores de linguiça!), o livro vale fácil os seus 11 dólares (ele já tá em liquidação na Amazon, sabem como é, o livro tem dois meses então não é mais novidade, rs). E logo mais algum nerd também junta todas as músicas e posta no Torrent, se alguém já não o fez.

Alguns períodos abordados pelo livro são francamente chatos, por conta daquele adorável/detestável cabecismo típico do gênero. Indies são assim, ali na frente pode estar rolando o show mais fantástico e animado do ano, mais uma garota linda e cheia de energia pulando na frente deles, que eles preferem se recolher numa roda pequena e "discutir" se o álbum daquela música é bom ou o anterior era melhor (bem, mas o mundo não está perdido porque quem não procria, extingue-se!).

Não são sets de dj, de qualquer modo, e nem servem como um bom set para tocar em rádio, como as listas de 500 mais da Billboard. São informativas, as vezes provocativas (todo jornalista quer se achar esperto) e dá pra passar umas duas horas com ele.

Chatinha?

"As faces de Agyness Deyn"
A moça já foi embora rapidinho, assustada com tanto assédio por aqui. Mas merece explicação melhor a tal "eleição britânica" como a pessoa mais chata de 2008. A BBC faz dessas listas de final de ano na forma de programas de tevê divertidos, na maioria acompanhados de comentários maldosos de comediantes locais e alguns jornalistas de língua muitíssimo ácida. É pra rir na poltrona mesmo, e muito!

Agyness Deyn não mereceu o topo de uma lista de 100 (que incluiu do pai da Amy Winehouse à filha wannabe do Bob Geldorf) apenas pelo seu excesso de exposição na mídia local(a ponto de ela ter que mudar pra NYC). Inclui reprimendas por ela ter mudado o nome (que ninguém consegue escrever) usando da numerologia, com "cada letra escolhida especialmente para obter o máximo de sucesso"(ela na verdade se chama Laura e é da região de Manchester) e gravar uma musiquinha deplorável (o single "Who", com a banda Five O'Clock Heroes), dentre outras coisitas. Só não falaram que o visual tomboy da blonde ambition é o mesmo que da Madonna na fase True Blue. E pra chegar a Kate Moss, talvez a carreira, ops!!, não se sustente. Eu pessoalmente reclamo por ela só conseguir passar esse mesmo look, vide a foto (iih, na verdade a imagem acima é de um manequim produzido para ter a cara dela, rs).