quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Brilhos e fetiches de Miss Moss



A versão em ouro de uma das esculturas da modelo Kate Moss, exibidas no primeiro semestre pelo britânico Marc Quinn (a série Sphinx, em bronze pintado de branco), chega à baila no Museu Britânico, a partir do próximo sábado. Quem sabe rola depois um chaveirinho cafona da peça? O penduricalho de sarcófago egípcio de lá é bastante popular (assim como o hipopótamo egípcio rss), mas eu nunca entendi isso de carregar um caixão junto com as chaves. Deve ser pra pessoa sempre lembrar da mortalidade, do quão "desapegado"dos bens materiais deve ser, a cada vez que liga a Pajero também cafona. Afinal, encarar o trânsito não é tarefa fácil.



Mas voltando ao assunto, Marc Quinn já era notório por uma peça feita com o seu próprio sangue congelado. Mas virou celebridade por conta de outra escultura, uma poderosa figura nua de uma mulher (a artista Alison Lapper) sem braços, de pernas atrofiadas e grávida -- exibida por anos em plena Trafalgar Square, região central de Londres. Na época era divertido acompanhar a ignorância alheia, que desconhecia que Alison tratava-se de pessoa real (daqueles personagens trágicos, porém edificantes, que vale um bom filme mas ninguém quer ter o DVD pra ficar revendo em casa), e incomodados por tanta exposição da imperfeição física. Piadas prontas e óbvias: a falta de braços na Vênus de Milo e o p* pequeno do Davi de Michelangelo.

A escultura em ouro foi rebatizada de Siren, talvez pelo barulho que pretende fazer, e a atração pelo brilho dourado que todo animal, incluindo o ser humano, parece ter. Por isso a cor prata acaba sendo mais chique?



No caso de a questão ser de fetiche mesmo, é só conferir e dar um lance por estes stilletos Christian Louboutin, doados e autografados pela própria supermodel. Eles estão num leilão beneficente da Selfridges. Tem também uma guitarra de uns dos caras do Kassabian, mas essa acho que vai encalhar.

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